As taxas de juros do cartão de crédito podem ser perigosas se você não tiver um bom planejamento financeiro.
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Afinal, sempre que você atrasa o pagamento da fatura ou paga apenas o valor mínimo, os juros começam a ser gerados.
No Brasil, a taxa de juros do cartão de crédito é altíssima, chegando a mais de 350% ao ano.
A nível de comparação, em outros países da América do Sul, como Peru, Chile e Colômbia, por exemplo, este valor não passa de 50%.
O que são as taxas de juros do cartão de crédito?
Os juros do cartão de crédito são as taxas cobradas pelas instituições financeiras quando você não realiza o pagamento da fatura dentro do prazo.
Essa taxa, basicamente, é um valor que os bancos cobram por dar a você o direito de estender o pagamento da sua fatura.
Digamos que em determinado mês você possua apenas parte do valor da parcela. É possível pagar apenas um pequeno valor e deixar o restante para os próximos meses?
A resposta é sim. Entretanto, se você não quitar toda a sua dívida e ela continuar em aberto, serão cobrados juros sobre juros deste valor remanescente.
Como funcionam as taxas de juros?
A fatura do cartão de crédito funciona como um ciclo. Então, você tem um limite de gastos por mês e uma data de vencimento da fatura. Todo mês é a mesma coisa.
Entretanto, imprevistos acontecem e pode ocorrer de você não conseguir realizar o pagamento integral da fatura determinado mês.
Neste caso, você pode realizar o pagamento mínimo da fatura e entrar no chamado Crédito Rotativo ou ainda parcelar o valor da sua fatura.
Anteriormente, o valor mínimo da fatura era pré-estabelecido pelo Banco Central em 15%. Se você tinha uma dívida de R$ 1000 no cartão de crédito, por exemplo, poderia pagar apenas R$ 150,00.
Só que em 2018 essa regra mudou. Desde então, o valor mínimo da fatura é estabelecido por cada instituição financeira.
Dessa forma, pode ser de 10, 20, 30%… Cada instituição tem a sua regra.
Entenda o Crédito Rotativo e suas regras
O crédito rotativo passa a valer, automaticamente, quando você escolhe pagar qualquer valor entre o mínimo da sua fatura e o valor total.
Vamos pegar esse mesmo valor de R$ 1000, que citamos acima, para um exemplo mais claro do crédito rotativo.
Digamos que você vai realizar o pagamento mínimo, que é de 20% de juros rotativos, de acordo com o seu banco.
Então, você vai pagar R$ 200 e terá uma dívida de R$ 800 que será lançada na sua próxima fatura, acrescida de multa por atraso, juros de mora e o IOF.
Antes de 2018, você poderia ir pagando o valor mínimo da fatura e as taxas de juros do cartão de crédito no rotativo iam aumentando. Só que dessa forma era muito fácil se perder nas contas e se endividar.
Por isso, o Banco Central estabeleceu que os juros rotativos do cartão devem ser cobrados em até 30 dias.
Após este período, se você não realizar o pagamento, sua fatura será parcelada e você deve arcar com o valor estipulado pela emissora do cartão.
Parcelamento
Com as novas regras do BC, as instituições financeiras são obrigadas a mostrar o valor mínimo de parcelamento na sua própria fatura.
Portanto, se você pagar o valor EXATO estipulado de parcelamento, o banco entende que você quer parcelar o valor.
Digamos que o valor que aparece na sua fatura para parcelamento é de R$64,85. Se você pagar exatamente este valor, nos próximos meses o parcelamento vai estar debitado na sua conta.
O que é Custo Efetivo Total?
O Custo Efetivo Total (CET) é a soma total do valor da sua fatura, acrescido de juros, multas e encargos ao final de todo o processo.
Você pode calcular o CET do parcelamento e do Crédito Rotativo e analisar qual dos dois compensa mais.
Mas a verdade é que a sua escolha vai depender do quanto você tem efetivamente para quitar a dívida da sua fatura.
Como os juros do cartão de crédito são calculados?
Vamos voltar ao exemplo da fatura de R$ 1000, com as taxas de juros do cartão de crédito a 20%. Lembrando que o saldo devedor da fatura é de R$ 800, certo?
Então, o cálculo é o seguinte:
Saldo devedor: R$ 800
Taxa de juros rotativos: (R$ 800 x 20%) = R$ 160
Multa de 2%: R$ 20
Mora de 1%: R$ 10
R$800 + R$160 + R$20 + R$10 = R$990
Lembre-se que:
- no lugar do 20%, você vai colocar a taxa de juros cobrada pelo seu banco, que é variável para cada instituição;
- a mora é proporcional ao valor de dias de atraso.
Quais cuidados é preciso ter com as taxas de juros do cartão de crédito?
Separamos algumas dicas sobre o assunto. Confira!
- Ao fazer gastos no crédito, leve em conta o seu limite de crédito e não o que é oferecido pelo banco;
- Sempre que possível, quite a fatura por completo. Assim, você evita pagar juros e multas;
- Obter crédito de outras formas, como o crédito pessoal, por exemplo, pode ser mais vantajoso do que parcelar ou entrar nos juros rotativos. Analise outras opções de crédito e negocie a dívida!
- Se você chegou à opção de parcelamento, não deixe de pagar as faturas. Caso contrário, além da dívida, você pode ter o seu nome negativado.
- Não esqueça de somar a sua dívida do mês anterior, com os gastos do próximo mês, senão você pode entrar na famosa bola de neve e se perder nas contas.
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Conclusão
Já sabemos que o melhor é não depender das taxas de juros do cartão de crédito e tentar quitar a fatura sempre por inteiro.
Caso não seja possível, coloque seus gastos na ponta do lápis e tente resolver a situação sem comprometer o restante da sua renda. Mesmo que para isso, você tenha que adquirir crédito com taxas de juros menores.
Lembre-se que por mais tentador que seja só pagar o mínimo da fatura, o valor total da dívida será maior ao final do parcelamento.
E aí, ficou alguma dúvida sobre as taxas de juros do cartão de crédito? Comenta aí!