Economia comportamental: como entender o consumidor para alavancar vendas

Você já se perguntou por que algumas promoções parecem irresistíveis, enquanto outras passam despercebidas?

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A resposta pode estar na economia comportamental.

Essa área mistura psicologia e economia para entender as decisões de consumo.

Compreender esses princípios pode ser a chave para aumentar suas vendas.

Economia comportamental: como entender o consumidor para alavancar vendas

Principais pontos

Introdução à Economia Comportamental

A economia comportamental estuda como pensamentos, emoções e influências sociais afetam nossas decisões econômicas.

Richard Thaler e Cass Sunstein são nomes conhecidos nesse campo.

Eles ajudaram a criar políticas baseadas nessa área, especialmente durante a presidência de Barack Obama.

Em 2010, o Reino Unido criou a Behavioural Insights Team (BIT) para usar a ciência comportamental em políticas.

Em 2013, os EUA formaram uma equipe de nudge para aplicar essas ideias.

Imagem: Canva

A Central Office of Information (COI) do Reino Unido usou a economia comportamental em suas campanhas.

Eles usaram a psicologia para mudar o comportamento das pessoas.

Instituições financeiras e agências de pesquisa também estão interessadas.

Elas querem profissionais para aplicar os princípios da economia comportamental.

Profissionais de marketing e consultoria estão cada vez mais interessados na economia comportamental.

Isso se deve a livros como “Previsivelmente Irracional” e “Nudge”.

Um estudo de Biswas em 2009 mostrou que as pessoas escolhem mais opções quando podem personalizar.

Isso mostra como a economia comportamental pode influenciar o comportamento do consumidor.

O conceito de framing mostra que a forma como apresentamos as opções afeta o valor percebido.

Por exemplo, um preço final de $1.500 parece melhor se o custo inicial for $2.000 em vez de $1.000.

A economia comportamental ainda está crescendo.

Ela está influenciando negócios e políticas. A união entre economia e psicologia trouxe novas ideias para vários setores.

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Principais Princípios da Economia Comportamental

A economia comportamental foi criada em 1979 por Daniel Kahneman e Amos Tversky.

Ela estuda como nossas escolhas diárias são influenciadas por vieses e teoria da perspectiva.

Entender como decidimos com base em um ponto de referência é um dos pontos chave dessa área.

Economia comportamental: como entender o consumidor para alavancar vendas

Por exemplo, ao comprar carros usados, o preço inicial é um ponto de referência.

Isso faz com que os compradores vejam preços abaixo do inicial como ótimas ofertas.

Esse fenômeno ajuda a explicar por que a primeira informação pode mudar nossas decisões futuras.

A teoria da perspectiva mostra que perdas pesam mais do que ganhos.

Isso leva a decisões que não fazem sentido. A heurística da disponibilidade também é importante.

Ela diz que as pessoas julgam probabilidades pelas experiências que lembram mais facilmente.

Outro viés comum é o otimismo. As pessoas tendem a achar que vão ter sucesso mais do que realmente têm.

O efeito do enquadramento mostra que como apresentamos as informações pode mudar muito a decisão final.

PrincípioExemplo
Vieses de tomada de decisãoEfeito Avestruz: tendência de ignorar informações negativas.
Ponto de referênciaPreço inicial em vendas de carros usados.
Teoria da perspectivaPerdas têm impacto maior do que ganhos.
Heurística da disponibilidadeJulgamento com base em experiências facilmente lembradas.
Viés do otimismoSuperestimação das chances de sucesso.
Efeito do enquadramentoApresentação das informações influencia decisões.

Um estudo sobre doação de órgãos mostrou que permitir doação por padrão aumenta muito as taxas de doação.

A Amazon, por exemplo, fez isso com o “1-Clique”. Isso mostra que escolhas simples podem fazer uma grande diferença.

Na maioria das vezes, tomamos decisões com o sistema 1.

Ele é rápido, intuitivo e emocional. Entender isso ajuda a ver como vieses e teoria da perspectiva influenciam nossas escolhas diárias.

Aplicações da Economia Comportamental no Marketing

A influência da economia comportamental no marketing cresceu muito.

Isso acontece porque entendemos melhor o que motiva as pessoas a tomar decisões.

Por exemplo, a aversão à perda mostra que perder algo dói mais do que ganhar algo novo.

Essa ideia ajuda a criar campanhas publicitárias mais eficazes.

Elas conseguem alcançar o público de maneira mais eficiente.

Uma campanha da Prudential chamou a atenção para o medo da perda.

Ela perguntou: “O que você faria se não pudesse mais trabalhar amanhã?”. Isso fez muitos consumidores quererem mais seguros de vida.

Em lojas de eletrodomésticos, falar sobre o que o cliente perderia ao não trocar um aparelho antigo ajuda.

Por exemplo, falar sobre o aumento na conta de luz e o risco de falhas.

A Apple também usa essa estratégia, mostrando o que o consumidor perde ao não ter um iPhone.

Um estudo na área de telecomunicações mostrou que falar sobre o que os clientes perderiam ao mudar de provedor ajuda.

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Isso inclui benefícios especiais e suporte técnico prioritário.

Essa abordagem reduziu muito as taxas de cancelamento.

AspectoExemplo PráticoResultado
Aversão à perda“O que você faria se não pudesse mais trabalhar amanhã?” – PrudentialAumento nas vendas de seguros
Substituição de eletrodomésticosEnfatizar aumento de custos e risco de falhasVendas potencializadas
Marketing emocional e racionalPerda da experiência de um iPhoneAumento nas decisões de compra
Retenção de clientes em telecomunicaçõesPerda de benefícios especiais ao mudar de provedorRedução nas taxas de cancelamento

Usar esses princípios pode fazer sua empresa atrair mais clientes.

E também manter os clientes que já tem. Entender a influência da economia comportamental traz insights valiosos.

Esses insights transformam as estratégias de marketing em ferramentas poderosas para o sucesso.

Neurociência e Economia Comportamental

Explorar a relação entre neurociência e economia comportamental é essencial.

Isso inclui a neurociência no marketing.

Estudos mostram que a biologia influencia nossas decisões de maneira complexa. A neurociência ajuda a entender essas influências.

Desde 1990, mais de 900 estudos na PubMed falaram sobre decisões e cérebro.

Essa pesquisa é fundamental para entender como tomamos decisões.

A descoberta da dopamina foi um grande avanço na Neurociência Cognitiva e Neuroeconomia.

Genética e neurobiologia afetam nossas escolhas.

Mas ainda estamos descobrindo o quanto. Estudos recentes mostram o papel do sistema límbico em nossas interações sociais.

A seguir, apresentamos dados interessantes relacionados a essas descobertas:

EstudoDescobertaImpacto
Glimcher e Fehr (2014)900+ publicações sobre decisão e cérebroBase sólida para novos estudos
Kahneman e Tversky (1979)Teoria da PerspectivaContexto como fator crucial
von Neumann e Morgenstern (1944)Teoria dos JogosSistema límbico e interações sociais
Pesquisa atualFatores genéticos/biológicosImpacto na tomada de decisão

A neurociência no marketing abre novas possibilidades.

Ela ajuda a criar estratégias mais eficazes. E também a entender melhor como tomamos decisões.

Estudos de Caso em Economia Comportamental

O campo dos estudos de caso em economia comportamental mostra como tomamos decisões em diferentes situações.

Por exemplo, uma pesquisa recente aplicou a teoria do prospecto de Kahneman e Tversky (1979).

Ela analisou como alunos de Economia e Administração de uma universidade federal brasileira fazem escolhas financeiras sob incerteza e risco.

Esse estudo, com 27 questões, mostrou que alunos ainda fazem escolhas influenciadas por emoções e vieses cognitivos.

A aversão à perda e o otimismo são exemplos disso.

A teoria do prospecto ajudou a entender esses comportamentos “irracionais” em investimentos.

Outro estudo, de Rosales-Pérez et al. (2021), mostrou que inteligência emocional afeta as decisões financeiras.

Deficiências em empatia e regulação emocional podem prejudicar essas escolhas.

Esse achado é importante, pois a teoria do prospecto ainda é pouco estudada em países em desenvolvimento, como a América Latina.

Entender esses estudos de caso em economia comportamental ajuda a ver como emoções e vieses afetam nossas escolhas financeiras.

Essa análise não só melhora nossa compreensão da economia comportamental. Ela também dá ferramentas para melhorar nossas decisões no trabalho.

Implementando a Economia Comportamental na sua Empresa

Adotar estratégias de economia comportamental pode mudar como sua empresa se relaciona com funcionários e clientes.

Muitas empresas estão nomeando um Diretor Comportamental. Isso mostra que essa prática está crescendo.

A EY-Parthenon mostrou que projetos de dois a três meses podem trazer grandes resultados.

Para começar, é importante definir metas claras. Treinamentos podem variar de um dia a cursos online mais longos.

É essencial envolver a alta administração. Mas não é necessário que todos sejam especialistas. Estabelecer metas claras ajuda muito.

Para começar, pode ser útil começar com uma equipe específica.

O nudging, pequenas intervenções, pode aumentar o engajamento dos colaboradores em até 30%.

Isso quando aplicado corretamente.

Feedback eficaz também é crucial. Pode aumentar a satisfação no trabalho em até 25%.

A arquitetura de escolha pode aumentar a adesão a opções saudáveis em até 40%.

A Nubank usa um design simples para ajudar no controle de gastos.

Notificações em tempo real mostram o impacto do design comportamental.

Comparações de Estratégias:

EstratégiaImpactoExemplo
Nudging30% aumento no engajamentoPequenos estímulos positivos no ambiente de trabalho
Feedback Estruturado25% aumento na satisfaçãoFeedback claro e construtivo
Arquitetura de Escolha40% aumento em adesão a opções saudáveisDisponibilização de alternativas saudáveis na cantina
Design de InterfaceControle de gastos facilitadoNubank

Organizações como a Magazine Luiza e a Ambev usaram técnicas de personalização.

Elas também criaram campanhas sustentáveis. Isso aumentou muito o engajamento e as vendas.

Adotar estratégias de economia comportamental pode mudar muito sua empresa.

Conclusão

A economia comportamental começou na década de 1950.

Ela mistura ciências sociais, neurociência e psicologia. Daniel Kahneman, Richard Thaler e Amos Tversky fizeram grandes contribuições.

Eles mostraram que as decisões dos consumidores não sempre são lógicas.

Essas descobertas ajudaram a entender melhor o comportamento de compra.

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Elas mostram como as empresas podem usar isso para seu benefício. Isso inclui usar a palavra “grátis” para aumentar as vendas e criar urgência em campanhas.

Entender o consumidor é crucial para o marketing.

Pesquisas de mercado ajudam a criar estratégias mais eficazes.

Isso dá às empresas uma vantagem competitiva, como a importância da Geração Z.

Estudar a economia comportamental melhora a análise econômica.

As empresas podem fazer campanhas de marketing mais eficazes. Assim, elas se tornam mais competitivas no mercado.

Os benefícios da economia comportamental são muitos.

Elas ajudam as empresas a entender melhor seus consumidores.

Isso leva a decisões mais informadas e assertivas.

O campo está sempre evoluindo, trazendo novas oportunidades para academia e mercado.