Como evitar armadilhas de crédito: sinais de alerta! 

Você já deve ter visto inúmeros casos de pessoas que entraram em dívidas enormes por terem aderido a empréstimos ou cartões de crédito com limites mais altos, e hoje consideram essas propostas verdadeiras armadilhas de crédito.

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A princípio ter um bom limite parece interessante, especialmente para quem está com um salário mais baixo, que por vezes não fornece um poder de compra satisfatório.

Mas, a regra é clara: usar crédito sem esclarecimentos ou incompatível com a própria renda aumenta o risco de inadimplência.

Pensando nisso, hoje conversaremos sobre algumas das principais armadilhas de crédito, que ainda levam muitos ao SPC e Serasa. Confira!

O que são armadilhas de crédito?

O termo armadilhas de crédito é alvo de muitas controvérsias no mercado, afinal, alguns o consideram ajustado, enquanto outros acreditam que não existe armadilha nesse tipo de negociação, já que é responsabilidade do solicitante saber ao que está aderindo.

Mas, se tratando do conceito geral, quando falamos em armadilhas de crédito, nos referimos a propostas que a princípio parecem muito vantajosas e verdadeiras soluções, mas posteriormente lesam o cliente com juros abusivos e condições ruins para quitação do débito.

Um bom exemplo disso é o famoso crédito especial, afinal, ter um valor extra na conta pode ser um alívio em emergências, mas, os juros dessa modalidade não são nem um pouco leves, e aqueles que utilizam sem responsabilidade podem cair em dívidas difíceis de pagar.

Então, fica esclarecido que esse conceito não fala exatamente sobre golpes financeiros, ou de recursos ilegais, e sim de propostas de crédito que podem trazer um risco maior de inadimplência e prejuízos ao cliente.

Quais os riscos das armadilhas de crédito?

Você lembra que falamos que o termo armadilhas de crédito não é aceito por algumas pessoas? O motivo é porque esses consideram que o nome passa a impressão de ser um golpe.

Mas, como já vimos, as armadilhas de crédito não são golpes, uma vez que são serviços e produtos financeiros devidamente autorizados e regulamentados pelo Banco Central do Brasil.

O grande problema desses serviços está na falsa impressão de solução, segurança e comodidade que passam ao cliente, que posteriormente é substituída pelo susto dos juros altos e condições de pagamento pouco favoráveis.

Como já mencionamos, o crédito especial é um excelente exemplo disso, tanto que muitos clientes solicitam a exclusão desse limite adicional da conta, pelo risco de caírem em dívidas.

Dito isso, os verdadeiros riscos dessas armadilhas é o fato das taxas de juros desses serviços serem mais altas e constantes, de modo que em muitos casos são cobradas por dia.

Assim, um cliente que adere ao cheque especial vê a sua dívida aumentar progressivamente, a cada dia, de modo que se torna mais difícil pagar à medida que o tempo passa.

Além disso, em muitos casos os bancos não oferecem condições favoráveis para negociação desse tipo de débito, então, o cliente cai na dívida e não encontra meios de limpar o nome com facilidade.

Por isso, é muito importante ter cuidado ao aderir a esse tipo de serviço, e utilizar apenas quando for estritamente necessário, já tendo um planejamento para pagar.

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5 armadilhas de crédito: cuidado para não cair!

Neste momento você já entende o que são as armadilhas de crédito e porque recebem esse nome.

Além disso, vimos também que o cheque especial é um excelente exemplo, uma vez que oferece solução e ao final cobra juros bem altos do cliente.

Mas, você sabia que este não é o único serviço dessa categoria? Existem muitos outros que funcionam da mesma forma, e frequentemente levam clientes ao SPC e Serasa com dívidas altíssimas.

Dito isso, se deseja se prevenir desse tipo de situação, confira abaixo 5 das principais armadilhas de crédito do mercado.

1. Pagamento mínimo de fatura

Para quem acabou exagerando no último mês, a possibilidade de pagar apenas o mínimo da fatura parece muito vantajosa.

Mas, essa é uma das maiores armadilhas de crédito, uma vez que dificulta o pagamento do débito, além de resultar em juros bem altos.

Isso porque, quando você paga o mínimo da fatura, existem duas possibilidades principais:

1. O banco joga o valor restante para a fatura do próximo mês, acrescido de juros. Com isso, sua próxima fatura fica muito alta, e a negociação mais difícil.

2. A sua fatura é parcelada automaticamente no máximo de vezes possível, o que resulta em juros altos e comprometimento do limite do cartão por muito tempo.

Por isso, pagar o mínimo da fatura não é uma boa opção. Em vez disso, prefira parcelar sua fatura no menor número de parcelas possível. 

Isso porque, por mais que você vá pagar juros de todo jeito, estes serão menores e o pagamento é mais organizado.

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2. Crédito de fácil aprovação

Para quem busca crédito, toda luz parece ouro, mas, é importante lembrar que os juros são a forma que o mercado financeiro compensa riscos.

Então, propostas de crédito de fácil aprovação costumam ser verdadeiras armadilhas de crédito, já que contam com juros maiores e condições de pagamento menos favoráveis.

Note que empréstimos para negativados geralmente permitem parcelamento em até 12 vezes, e os juros duplicam ou triplicam a dívida.

Com isso, as parcelas ficam altas, e as chances de você cair em uma dívida difícil de quitar são bem maiores.

Por isso, antes de aceitar qualquer proposta de empréstimo, se atente às condições. Se forem muito restritas prefira deixar de lado, pelo bem do seu CPF.

3. Limites incompatíveis com a renda

Muitas pessoas se alegram com a oferta de um empréstimo de R$ 20 mil, sendo que a própria renda é de R$ 2 mil.

Isso ocorre porque consideram que estão muito bem, afinal, se o banco está oferecendo um crédito tão alto, é porque o perfil é bom, não é? Na verdade não.

É importante lembrar que os juros são a forma dos bancos ganharem dinheiro e quanto maior é o risco da operação, mais juros são aplicados ao contrato.

Então, limites incompatíveis com a renda são verdadeiras armadilhas de crédito, já que os juros são altos, e as parcelas difíceis de pagar.

Desse modo, se você aceita esse tipo de acordo, acabará comprometendo parte significativa da renda, o que pode te colocar em dificuldades.

Por isso, evite pegar créditos de valores muito acima da sua renda, pois assim você evita inadimplência.

4. Juros escondidos na fatura 

A aplicação de juros escondidos não é permitida, mas, muitos clientes não sabem que o cartão de crédito aplica tarifas nas faturas.

Com isso, dias antes da fatura fechar, entram no app e vêem um valor, mas, assim que recebem o boleto por e-mail, notam que este é bem maior. Sim, esses são os juros da fatura.

É importante lembrar que o cartão de crédito possui tarifas, então, não deve ser tratado como um cartão de débito para passar compras corriqueiras do dia a dia, afinal, você pagará juros em cada transação.

Por fim, podemos considerar que essa é uma das armadilhas de crédito, pois muitas pessoas fazem do cartão de crédito o método de pagamento principal, e não percebem que estão comprometendo a própria renda com pagamento de taxas.

5. Limite emergencial

O limite emergencial é um serviço muito parecido com o cheque especial, mas, em vez de ser aplicado à conta, é fornecido pelo cartão de crédito.

A princípio, essa proposta parece muito vantajosa, afinal, quem não deseja a comodidade de poder passar o cartão, mesmo quando o limite já acabou?

Mas, não é surpresa que esse serviço é repleto de juros, e tem um problema, que é o fato de ser cobrado juntamente à fatura.

Então, se normalmente a sua fatura fica em R$ 500 e você usou o limite emergencial de R$ 300, o valor a pagar será de R$ 800, o que pode fugir do seu plano de gastos.

Portanto, trate esse serviço como trataria o cheque especial, e lembre-se que este não deve ser um complemento frequente da sua renda.

Por fim, agora que você já conhece os principais serviços que levam clientes à inadimplência, lembre-se de usá-los com cautela e somente em casos de extrema necessidade.

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